A chamada deste congresso está dirigida à comunidade acadêmica: professores universitários, alunos de pós-graduação, bem como aos especialistas e profissionais da área, que desenvolvam pesquisas no campo da tradução.
Dentre os Simpósios propostos, há três sobre Língua de Sinais:
LÍNGUAS DE SINAIS NO EIXO DAS PESQUISAS EM TRADUÇÃO/ INTERPRETAÇÃO.
As pesquisas no campo dos ETILS (Estudos da tradução e interpretação das línguas de sinais) têm crescido vertiginosamente nas últimas décadas. A atividade da tradução e da interpretação no domínio das línguas sinalizadas está concorrendo, em ampla distribuição, com a atividade tradutória relacionada às línguas orais. Na medida em que essas línguas são incorporadas em larga escala às formas de comunicação existentes, às estruturas de interpretação em eventos e à crescente inclusão do sujeito surdo nas esferas sociais de participação. Fica claro, no entanto, que, dentro das pesquisas historicamente relacionadas a esta temática as línguas orais apresentam um esteio teórico muito mais estruturado em relação às línguas de sinais. As pesquisas em TILS no Brasil e no mundo, se tornam gradativamente alvo de pesquisadores da tradução que incorporam em seus textos, além de uma reflexão teórica sobre a tradução em si, também, uma produção que subjaz a prática tradutório-interpretativa, sejam estas relacionadas aos contextos inter ou intraculturais, como são os casos da tradução envolvendo línguas de sinais, somente, ou línguas de sinais e línguas orais num mesmo ambiente. A proposta que lançamos neste simpósio está baseada nas seguintes alíneas: a) Abrir espaço para uma reflexão sobre a atividade do surdo enquanto tradutor e intérprete das línguas de sinais e sua contribuição no desenvolvimento de práticas de resignificação/aproximação das formas nativas das línguas de sinais; b) Evidenciar as questões teóricas relacionas a prática da tradução e interpretação no que tange às relações de (des)afinidade das línguas orais e sinalizadas; c) Dialogar sobre os mais diferentes contextos no quais se podem instalar uma estrutura de tradução de/para línguas sinalizadas e outras questões relacionadas ao campo dos ETILS no geral. É na atividade da tradução que o profissional tradutor, possuidor do jogo de ferramentas denominado língua, monta-a, desmonta-a e remonta-nos a atividades da própria língua. Para os ETILS, a proposta reside numa perspectiva que vai além das trocas simbólicas e/ou materiais, realizadas substancialmente na tradução. Contudo, para o TILS (tradutor-intérprete de línguas de sinais) está a tarefa de conduzir dois sistemas semióticos de bases isoladas, emitindo ou destinando a informação em formas convergentes. Somente uma reflexão sobre a prática através das pesquisas feitas neste campo fornecerá cada vez mais subsídios por uma estruturação completa da atividade tradutória com/envolvendo línguas sinalizadas.
Coordenadores: Anderson Almeida da Silva (UFPI) e Ângela Russo (IPA – Centro Universitário Metodista)
E-mails: andersonalmeida@ufpi.edu.br, alegnaossur@yahoo.com.br
Línguas aceitas para as comunicações neste Simpósio: LIBRAS, Português, Inglês ou Sinais Internacionais.
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O CARÁTER DINÂMICO E TRANSDISCIPLINAR DAS PESQUISAS EM TILS
As pesquisas na área de Tradução e Interpretação de Língua de Sinais (TILS) iniciaram na área da Educação e, atualmente, fazem parte dos Estudos da Tradução, enfatizando principalmente os processos interlinguísticos e intersemióticos nas modalidades visual-espacial e oral-auditiva de linguagem. Ou seja, as pesquisas em TILS estabelecem, por sua origem e natureza, diálogos transdisciplinares, pois acontecem em interface com a Linguística, a Antropologia, a Neurologia, a Sociologia, por exemplo. Assim, a proposta deste GT é a de que diferentes agentes das investigações em TILS tenham um espaço de inserção acadêmica para indagações inovadoras nessa área, de modo a contribuírem com os Estudos da Tradução. Dessa maneira, o simpósio está aberto a propostas que investiguem a atuação de tradutores intérpretes, processos tradutórios, formação de glossários, análises comparativas de aspectos textuais e discursivos entre LF e LM, entre outros.
Coordenadores: Ronice Müller de Quadros (UFSC) e Rossana Finau (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
E-mails: ronice.quadros@ufsc.br, rafinau@gmail.com
Línguas aceitas para as comunicações neste Simpósio: Português, Libras.
TRADUÇÃO AUDIOVISUAL E ACESSIBILIDADE
A partir do ano 2000, a Tradução Audiovisual ganhou ainda maior projeção através das novas normas de acessibilidade nos meios de comunicação que passaram a ser discutidas em nível global. Este simpósio tem como objetivo atrair pesquisadores e profissionais interessados pela discussão sobre as modalidades de tradução audiovisual voltadas para a acessibilidade de pessoas com deficiência sensorial (cegas e surdas) e intelectual (ex. Síndrome de Down) aos meios audiovisuais, tais como: a legendagem para surdos e ensurdecidos (LSE), a dublagem, o voice-over e a audiodescrição (AD). Nesse sentido, o simpósio proposto pretende constituir-se em um fórum de apresentação/discussão para profissionais da área (legendistas, audiodescritores, tradutores, diretores de dublagem, distribuidores, etc), bem como para pesquisadores de outras áreas que possuam interface com este objeto de análise, tais como Estudos Fílmicos, Linguística de Corpus, Multimodalidade, Estudos Processuais da Tradução, Interpretação de Sinais e Tecnologias Assistivas.
Coordenadores: Eliana Paes Cardoso Franco (UFBA) e Vera Lúcia Santiago Araújo (UECE)
E-mails: elianapcfranco@gmail.com, verainnerlight@uol.com.br
Línguas aceitas para as comunicações neste Simpósio: Português, inglês, libras.
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Enviem o resumo da sua proposta de comunicação para os coordenadores do simpósio que escolheu até 28 de fevereiro de 2013
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